O Líquor ou Líquido Cefalorraquidiano (LCR) é um fluido de aspecto Límpido e Incolor produzido pelo cérebro e está presente no espaço subaracnóideo e ventricular. Sua principal função é a proteção mecânica do encéfalo. Para isto, o líquor acolchoa o cérebro, deixando-o flutuar nesse meio, protegendo o sistema nervoso central de impactos que podem causar qualquer tipo de dano. Também é responsável pelo transporte de metabólitos, neurotransmissores e nutrientes, ajudando na defesa imunitária do sistema nervoso central.
O Exame do Líquor é utilizado como arma diagnóstica desde o final do século XIX, contribuindo, significativamente, para a elucidação diagnóstica de várias patologias neurológicas. A análise do LCR permite a investigação e o acompanhamento de processos vasculares, infecciosos, infamatórios e neoplásicos que acometem, direta ou indiretamente, o Sistema Nervoso Central.
Através da punção liquórica é possível, também a administração intra-tecal de quimioterápicos, tanto para tratamento de tumores primários ou metastáticos do Sistema Nervoso Central, como profilaxia do envolvimento neurológico de tumores sistêmicos. Segundo a Academia Brasileira de Neurologia, a coleta do LCR deve ser feita na região lombar, a não ser em situações muito especiais e muito raras pode ser realizada em outras regiões (suboccipitais). Na região lombar, a punção não traz riscos ao paciente.
O exame de Líquor deve ser realizado por um profissional especialista, experiente e altamente capacitado. Visando trazer segurança e tranquilidade no momento do exame este profssional tem a capacidade de avaliar a técnica mais adequada para cada paciente, minimizando assim, a dor no momento da punção.
O exame de líquor NÃO É UM EXAME PERIGOSO desde que seja bem indicado, realizado por profissional competente e com pedido do médico solicitante. A equipe do SEL segue a recomendação da Academia Brasileira de Neurologia, realizando a coleta de líquor pela região lombar. Em situações muito especiais e muito raras, pode ser realizada a coleta pela via suboccipital (Nuca).
As complicações mais sérias são descritas apenas para a punção suboccipital, porém só é realizada pela equipe do SEL em casos excepcionais e por solicitação expressa do médico assistente. Na região lombar, a punção não traz riscos ao paciente. São descritas algumas complicações na punção lombar, que são minimizadas quando o paciente é devidamente orientado.
A equipe médica do SEL prima pela segurança do paciente, desde a indicação correta do exame até o momento em que o procedimento é realizado, e está à disposição de seus pacientes para esclarecer todas as dúvidas.
Sabemos que a sensibilidade dolorosa varia de pessoa para pessoa, porém a maioria dos pacientes que realizam o exame de Líquor refere que a dor se assemelha à de uma coleta de sangue, sendo plenamente suportável. Em alguns casos específicos utilizamos anestésico local, principalmente em pacientes com quadro de dores crônicas, cuja tolerância à dor é menor e em pacientes muito ansiosos.
O exame de líquor não causa dor de cabeça pelo resto da vida.
Mais de 90% das pessoas que fazem exame de líquor não apresentam problemas após a punção, porém uma pequena parcela dos pacientes pode apresentar como complicação a dor de cabeça por hipotensão liquórica (Cefaléia ortostática).
Até 10% dos pacientes podem sentir, 12 a 36 horas após o exame, dor de cabeça, geralmente em peso, na região da nuca ou na região frontal - essa dor praticamente desaparece na posição deitada (cefaleia ortostática).
Para evitar a dor de cabeça, após a punção lombar, o paciente deve permanecer em repouso relativo, por aproximadamente 24hs. Após este repouso o paciente pode e deve levar vida normal.
O laboratório solicita a todos os pacientes que apresentarem quadro de cefaléia ortostática (dor de cabeça ao levantar) a entrarem em contato imediatamente, para que a equipe médica do SEL possa dar as devidas orientações.
As demais complicações do exame de LCR são descritas no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) que está disponível no site para visualização e é assinado pelo paciente antes da realização do exame.
A coleta de LCR tem várias indicações médicas. Em muitos casos a realização do exame deve ser feito em caráter de urgência, pois o diagnóstico correto e o início rápido do tratamento são fundamentais para a sobrevida do paciente. As Principais indicações para realização do exame de LCR são as seguintes:
1 - Suspeita de infecção do sistema nervoso: meningite, encefalite, mielite ou associação delas;
2 - Vasculites do sistema nervoso central;
3 - Investigação de doenças desmielinizantes (Neuromielite Óptica, Esclerose Múltipla);
4 - Quadros demenciais (Alzheimer, Neurossífilis);
5 - Investigação de doenças oncológicas – Primárias e metastáticas;
6 - Investigação neurológica em Pacientes imunossuprimidos (HIV, Pós-transplantes);
7 - Complementação diagnóstica em casos de Exames de imagem (Tomografia computadorizada ou ressonância magnética) que apresentem imagens de difícil interpretação;
8 - Aplicação de medicamentos no sistema nervoso central (Quimioterapia Intratecal) ou para injetar substâncias contraste para exames especiais (Cisternocintilografia);
9 - Punção de “Alivio” para diminuir a quantidade de líquor no sistema nervoso em doentes com hidrocefalia de pressão normal ou hidrocefalia comunicante de qualquer etiologia.
Esta complicação é rara, porém todos os pacientes são orientados a entrarem em contato com o laboratório, caso apresentem quadro de dor após o exame, para devidas orientações da equipe médica do SEL.
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