CISTICERCOSE (WESTERN BLOT)
Aplicação: O complexo teníase-cisticercose constitui um importante problema da saúde pública em regiões de condições sanitárias deficientes. Devido ao polimorfismo das manifestações clínicas, muitas vezes comuns a outras doenças do sistema nervoso central, o diagnóstico clínico de neurocisticercose é dificultado. A tomografia computadorizada e a ressonância magnética fornecem informações que sugerem o diagnóstico com alta resolução. O diagnóstico baseado no exame do LCR constitui uma importante ferramenta auxiliar de diagnóstico e também de prognóstico da doença. O cisticerco, após seu desenvolvimento pleno no SNC, mantém mecanismo de evasão da resposta imune do hospedeiro. Mas, em um período estimado entre meses e superior a dez anos, a larva freqüentemente entra em degeneração, com conseqüente fibrose e calcificação. Após a calcificação do parasita, em muitos casos, já não apresenta LCR com alterações inflamatórias e nestes, as pesquisas de anticorpos são negativas. Quando o LCR apresenta número de leucócitos > 10/mm3 e proteína > 50 mg, usualmente são encontrados anticorpos anti Cysticercus cellulosae. Especificamente nos casos onde são detectados os anticorpos anti Cysticercus cellulosae, a terapêutica tem uma eficácia maior, tendo-se como viáveis os parasitas. Vários métodos já foram usados no imunodiagnóstico da neurocisticercose. Um número apreciável de avaliações comparativas tem indicado que o teste de ELISA apresenta maior eficiência diagnóstica.
Sinonímia: Imunologia para cisticercose.
Material: Líquido cefalorraqueano (líquor, LCR).
Volume mínimo: 1,0 mL.
Acondicionamento: Enviar material sobrenadante em tubo seco congelado (preferencialmente) ou refrigerado.
Preparo do paciente: Não necessário.
Método: Western Blot. Detecção de anticorpos de classe IgG contra o Cysticercus cellulosae .
Valores de referência: Não reagente.
Frequência de liberação: 20 dias úteis após recebimento da amostra.