Painel Encefalite Viral

Aplicação: Encefalite é a inflamação do parênquima cerebral que pode deixar sequelas neurológicas graves e levar à morte. Ela pode ser causada por diversos agentes, sendo a infecção viral a sua causa mais frequente. A apresentação clássica de encefalite viral é febre alta, cefaleia, náusea, vômitos e alteração da consciência.

Os principais vírus que causam encefalite são da família herpesviridae. Neste caso, é conhecida como encefalite herpética e possui taxa de mortalidade de cerca de 70%. O vírus herpes tipo 1 é a principal causa de encefalite em crianças e o tipo 2 causa meningite em adultos. A encefalite por Varicela-Zoster pode ocorrer também pela reativação viral. Já o vírus Epstein-Barr está relacionado à encefalite em adolescentes, o Citomegalovírus e vírus herpes tipo 6 acometem majoritariamente menores de 2 anos e imunossuprimidos.

O Enterovírus é a segunda causa de encefalite viral e é responsável por surtos principalmente no verão. O diagnóstico preciso do patógeno direciona o tratamento, previne reação adversa por medicação empírica, orienta as medidas de precaução para a prevenção de surtos e reduz custos hospitalares.

As infecções virais causadas por herpes são complicações comuns depois dos transplantes, associadas com alta morbidade e a mortalidade, sendo importante o diagnóstico precoce para o início do tratamento. Também são infecções de grande relevância em pacientes portadores de HIV, gestantes, idosos e pacientes submetidos à imunoterapia para doenças malignas. A principal característica dos herpesvírus é a habilidade do agente infeccioso de permanecer em estado latente em um hospedeiro após a infecção preliminar e serem reativados após imunossupressão. O alto índice de reativação, reinfecção ou mesmo infecção primária nos grupos de pacientes com imunossupressão pode causar graves conseqüências.

A finalidade do teste é a detecção do ácido nucleico viral dos seguintes patógenos: Adenovírus, Citomegalovírus, Epstein-Barr, Herpes 1, Herpes 2, Varicela-Zoster, Parechovírus, Eritrovírus B19, Herpes 6, Herpes 7 e Enterovírus.

Referências:

1) Costa BK, Sato DK. Encefalite viral: uma revisão prática sobre abordagem diagnóstica e tratamento. J Pediatr (Rio J). 2019. https://doi.org/10.1016/j.jped.2019.07.006

2) Case Definitions, Diagnostic Algorithms, and Priorities in Encephalitis: Consensus Statement of the International Encephalitis Consortium. Clinical Infectious Diseases, Volume 57, Issue 8, 15 October 2013, Pages 1114–1128, https://doi.org/10.1093/cid/cit458

Sinonímia: PCR para Adenovírus, Citomegalovírus, Epstein-Barr, Herpes 1, Herpes 2, Varicela-Zoster, Parechovírus, Eritrovírus B19, Herpes 6, Herpes 7 e Enterovírus.

Material: Líquido cefalorraquidiano (Liquor, LCR)

Volume mínimo: 2mL

Acondicionamento: Tubo plástico de transporte estéril.  Enviar o líquor congelado ou refrigerado. Evitar qualquer tipo de manipulação do material coletado. Não adicionar nenhum tipo de conservante ou aditivo químico  ao material.

Preparo do paciente: Não necessário. Devem ser informadas medicações em uso pelo paciente e resultados de exames anteriores.

Método: PCR em Tempo Real.

Interferentes: Amostras hemorrágicas, processos inflamatórios bacterianos e fúngicos.

Valores de referência: Negativo.

Liberação: Em até 76hs após recebimento da amostra.

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